domingo, 26 de fevereiro de 2012

A IGREJA QUE JESUS GOSTA DE ESTAR
Por Pastor A. Lima
Que tipo de igreja Jesus gosta de estar ? Com certeza, não é a igreja do tipo “Laodicéia” (Ap.3:1-20). Mas, havia uma casa em Betânia que representa o tipo de igreja que Jesus certamente gosta de estar e ficar a vontade (Jo 12:1-3). Estou falando da casa de Marta, Maria e Lázaro.
Eles haviam preparado uma ceia para Jesus. Todas as atenções estavam voltadas para Ele, tudo estava “girando” em torno dEle. É a igreja CRISTOCÊNTRICA: nesse tipo de igreja o pastor não é a estrela, nem o ministério de louvor, nem os diáconos, nem os cantores, nem mais ninguém, só Jesus (Ap 22:16). A Igreja Cristocêntrica não é prisioneira do boletim, do relógio, de músicos, ou de qualquer outra coisa, porque o centro é Jesus (Rm 11:36), se Ele estiver satisfeito, nada mais importa. É uma igreja “tipo restaurante”, aonde “todos” vão para servir ao convidado de honra: Jesus Cristo de Nazaré. Todos vão para servi-lo com o melhor de si.
Uma igreja Cristocêntrica é cheia de pessoas “tipo Marta”, ou seja, as que metem a mão na massa, que gostam de servir, varrer, pintar, recepcionar, cozinhar, é a igreja que sente prazer em trabalhar para o Mestre. Era Marta quem se ocupava nos bastidores com a preparação do Jantar, sua essência, assim como a de Jesus, era o servir (Mc 10:45). Marta não precisava de um microfone para fazer nada, ela fazia. Marta não pregava, não cantava no ministério de louvor, não fazia coreografia, ela servia. A unção, os dons e os talentos são para servir. Na verdade, quem quer servir sempre arruma uma maneira, quem não quer, sempre arranja uma desculpa. Quem é bom em arrumar desculpas, dificilmente será bom em outra coisa.
Uma Igreja Cristocêntrica é cheia de pessoas “tipo Lázaro”, ou seja, as que atraem vidas para Jesus. Lázaro era assim: numerosa multidão ia a Betânia para vê-lo e voltava crendo em Jesus (Jo 12:9-11). Era o evangelista da família, aquele que o testemunho falava mais alto do que qualquer palavra. Ele era muito amado por Jesus (Jo 11:3). Uma igreja sem Lázaro não cresce, está enferma! Todo corpo saudável cresce. Se o que fazemos na igreja não redunda em salvação de vidas, provavelmente estamos fazendo a coisa errada. Aliás, o “ide e fazei discípulos” não é uma opção é uma ordem. Logo, se uma igreja não obedece a essa ordem, ela está em rebeldia. Observe: enquanto Lázaro estava morto, a casa de Betânia não passava de um lugar de lamento, de tristeza, o ambiente era fúnebre. Mas, quando Lázaro ressuscitou a atmosfera mudou radicalmente para melhor.
Uma Igreja Cristocêntrica é cheia de pessoas “tipo Maria”, ou seja, adoradora, contemplativa, apaixonada, enternecida. Quando Maria sentava-se aos pés de Jesus para ouvi-lo, nada lhe roubava a atenção, ela quedava-se aos pés do Mestre e esquecia-se do corre-corre do dia-a-dia. Ela, simplesmente, adorava. Que lindo! Imagine uma igreja assim: sem o entra-e-sai para beber água, para ir ao banheiro, retocar a maquiagem, atender ao telefone, sem os comentários depreciativos e carnais, sem bilhetinhos, sem distrações. Imagine pessoas do “tipo Maria”, ansiosas para derramar o bálsamo de nardo puro nos pés de Jesus. Pessoas entregando sua melhor oferta voluntariamente, sem a necessidade de qualquer tipo de apelo ou incentivo.
Que Igreja extraordinária: Cristocêntrica, trabalhadora, evangelista, adoradora, ofertante. Nessa casa, Jesus tinha prazer em sentar à mesa para ceiar. Ele não precisava ficar batendo na porta na expectativa de quem alguém o deixasse entrar. Ele era bem vindo na “Igreja de Betânia”. Em uma igreja como essa, cheia de “Martas”, “Lázaros” e “Marias”, Judas não permanece. Ele até pode se manifestar para criticar a adoração e a oferta, mas sua vida é curta. Judas estava em Betânia, mas ele não pertencia àquela família, seus lábios demonstravam preocupação com os pobres, mas seu coração estava interessado no dinheiro. Judas era ladrão, ele metia a mão nos dízimos e nas ofertas.
A “Igreja de Betânia” não era formada por pessoas perfeitas, seus membros eram falhos como eu e você. Sabe por quê? Porque precisamos de Jesus. Por isso, enquanto estivermos aqui, devemos honrá-lo com o primeiro lugar em nossa vida, com nosso trabalho, com um bom testemunho pessoal, com adoração e com todos os “nossos” bens.

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