quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

DEZ CONSELHOS PARA VIVER A RELIGIÃO (POIS O AMOR NÃO TEM RELIGIÃO)
 
  

 
1. Religue-se. Evite o individualismo, a solidão nefasta. Religue-se ao mais profundo de si mesmo, lá onde se cultivam os bens infinitos; à natureza, da qual somos todos expressão e consciência; ao próximo, de quem inevitavelmente dependemos; a Deus, que nos ama incondicionalmente. Isto é religião, re-ligar.

 2. Tenha presente que as religiões surgiram na história da humanidade há cerca de oito mil anos. A espiritualidade, porém, é tão antiga quanto a própria humanidade. Ela é o fundamento de toda religião, assim como o amor em relação à família. Busque na sua religião aprimorar a sua espiritualidade. Desconfie de religião que não cultiva a espiritualidade e prioriza dogmas, preceitos, mandamentos, hierarquias e leis.

  3. Verifique se a sua religião está centrada no dom maior de Deus: a vida. Religião centrada na autoridade, na doutrina, na ideia de pecado, na predestinação, é ópio do povo. “Vim para que todos tenham vida e vida em abundância”, disse Jesus (João 10,10). Portanto, a religião não pode manter-se indiferente a tudo que impede ou ameaça a vida: opressão, exclusão, submissão, discriminação, desqualificação de quem não abraça o mesmo credo.


  4. Engaje-se numa comunidade religiosa comprometida com o aprimoramento da espiritualidade
. Religião é comunhão. E imprima à sua comunidade caráter social: combate à miséria; solidariedade aos pobres e injustiçados; defesa intransigente da vida; denúncia das estruturas de morte; anúncio de um “outro mundo possível”, mais justo e livre, onde todos possam viver com dignidade e felicidade.

  5. Interiorize sua experiência religiosa. Transforme o seu crer no seu fazer. Reduza a contradição entre a sua oração e a sua ação. Faça pelos outros o que gostaria que fizessem por você. Ame assim como Deus nos ama: incondicionalmente.

  6. Ore. Religião sem oração é cardápio sem alimento. Reserve um momento de seu dia para encontrar-se com Deus no mais íntimo de si mesmo. Medite. Deixe o Espírito divino lapidar o seu espírito, desatar os seus nós interiores, dilatar sua capacidade amorosa.

  7. Seja tolerante com as outras religiões, assim como gostaria que fossem com a sua. Livre-se de qualquer tendência fundamentalista de quem se julga dono da verdade e melhor intérprete da vontade de Deus. Procure dialogar com aqueles que manifestam crenças diferentes da sua. Quem ama não é intolerante.

  8. Lembre-se: Deus não tem religião. Nós é que, ao institucionalizar diferentes experiências espirituais, criamos as religiões. Todas elas estão inseridas neste mundo em que vivemos e mantêm com ele uma intrínseca inter-relação. Toda religião desempenha, na sociedade em que se insere, um papel político, seja legitimando injustiças, ao se manter indiferente a elas, seja ao denunciá-las profeticamente em nome do princípio de que somos todos filhos e filhas de Deus. Portanto, temos o direito de fazer da humanidade uma família.

 9. A árvore se conhece pelos frutos. Avalie se a sua religião é amorosa ou excludente, semeadoras de bênçãos ou arauto do inferno, serva do projeto de Deus na história humana ou do poder do dinheiro.

10. Deus é amor. Religião que não conduz ao amor não é coisa de Deus. Mais importante que ter fé, abraçar uma religião, frequentar templos, é amar. “Ainda que eu tivesse fé capaz de transportar montanhas, se não tivesse o amor isso de nada me serviria”, disse o apóstolo Paulo (1 Coríntios 13.2). Mais vale um ateu que ama que um crente que odeia, discrimina e oprime. O amor é a raiz e  o fruto de toda verdadeira religião; e a experiência de Deus, de toda autêntica fé.

por Frei Betto
 

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

MÚSICA "DO MUNDO" PODE?


Por que podemos ler e recitar poemas, mas NÃO podemos cantá-los?

Por que podemos ler e escrever textos e frases, mas NÃO podemos cantá-las?

Por que podemos ouvir e emocionarmos com trilhas sonoras, mas NÃO podemos cantá-las?

Por que podemos ver e contemplamos o amor e os sons da natureza em nossa volta, mas NÃO podemos cantá-las? 

Por que o mundo gospel acha que só podemos cantar e escutar músicas que sejam rotuladas com o nome "deus", ou que recebe uma unção? Unção essa muitas vezes duvidosa! 

Músicas compostas dentro de 4 paredes chamada igreja, Igreja essa habitada por gente pecadora, que recebeu a mesma dose de Sangue e de Graça que qualquer outra que habita dentro de outras paredes! 
Músicas que muitas das vezes glorificam mais a criatura do que o Criador. 

Uma música que fala do amor ao próximo e da glória refletida pela natureza, mesmo ela não citando jargões gospel, ela glorifica muito mais a Deus do que músicas que dão sabor de mel a nossa vingança. 

Escolha musicas gospel que façam você adorar e engrandecer a Deus, mas não se limite a elas, isso pode consumir seu cérebro!

Não quero com esse texto santificar todas músicas e nem ninguém, muito menos demonizar outrem. Minhas palavras são para que fique bem claro: "Deus habita em tudo que possa refletir Ele!"

"Toda verdade é verdade de Deus, toda verdade gera luz, e aonde há luz, há gloria de Deus!" SNA. 
O inimigo não é detentor da luz, e muito menos da verdade! 

Consequentemente NÃO acredito que letras ou melodias que produzam e induzam a agressividade e a imoralidade transmitem luz, elas não produzem nem incentivam a verdade! Elas NÃO refletem Deus! Pelo contrário!

Esse texto NÃO é um decreto de credo, é uma interrogativa para exercitar seu cérebro e sua fé, seja ela rasa ou profunda!

*Ah, os pontos de interrogações no inicio do texto, são para serem respondidos!
Responda, se puder!

*E só mais uma coisa: todas as músicas são do mundo, ou você costuma ir à Marte escutar música?