quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

E Se o "Filho Pródigo" Fosse Gay?



Ultimamente tenho aconselhado muitas pessoas que se assumiram homoafetivas. Por homoafetivo entende-se o indivíduo que gosta e se sente atraído por pessoas do mesmo sexo.

Tenho achado intrigante, entretanto, ser comum entre muitos deles o fato de suas narrativas carregarem extrema dor e grande tristeza. Elas envolvem – além dos preconceitos sociais já conhecidos – discriminação familiar, violência, chantagem, ameaças e boicotes.

Outra coisa que me chama a atenção é que, por vezes, essas pessoas vêm de “famílias evangélicas”. Depois de saber disso, ficou mais fácil compreender o porquê de terem desenvolvido uma profunda aversão ao que é ligado ao sagrado e à igreja.

Você já ouviu falar do efeito borboleta? Bem, trata-se de um termo usado para se referir à dependência às condições iniciais dentro da chamada “Teoria do Caos”.

Ele foi analisado em 1963 pelo matemático e filósofo Edward Lorenz. Numa explicação simplista, imagine um sistema caótico e extremamente sensível, onde uma pequena alteração no seu estado pode produzir uma enorme diferença no futuro. É mais ou menos isto.

O exemplo clássico, que tem sido utilizado para ilustrar a teoria, é afirmar que o simples bater de asas de uma borboleta no Hemisfério Sul, pode provocar um furacão no Hemisfério Norte!

Pois bem, utilizando essa teoria, e vivendo as nuances do contexto citado acima, imaginei como ficaria a parábola do “filho pródigo”, descrita por Jesus no Evangelho de Lucas, se eu fizesse nela uma pequena alteração, ou seja, se transformasse o dito cujo em um gay.

O que você acha que aconteceria se, ao contextualizar o personagem às idiossincrasias de nosso tempo, atribuísse a ele uma orientação sexual homoafetiva?

Bem, sendo muito sincero, acho que haveria uma pro-funda mudança nessa história se ela se transformasse num drama da atualidade. Na minha narrativa, construída a partir do que tenho visto e ouvido, os desdobramentos tomam rotas bem diferentes das da parábola.

Em primeiro lugar, não seria o filho que pediria a herança ao pai para “cair no mundo”, mas o pai – ou a mãe – é que lhe botariam para fora de casa, se possível, apenas com a roupa do corpo, como vi recentemente acontecer com o filho de um pastor.

Sem dinheiro, abrigo ou auxílio, aquele jovem, provavelmente, seria acolhido pelas “ruas”, encontraria uma nova “família”, formada por cafetões, traficantes, viciados e bandidos de toda sorte, gente que nós expurgamos da sociedade e relegamos a uma vida à margem de tudo.

Passados alguns anos, aquele jovem bonito, saudável, cheio de sonhos, já teria se transformado em um ser sem coração, sem emoções, existiria como um “pedaço de carne” que se vende numa esquina qualquer para sobreviver. É muito provável que, em função dos convívios, possa ter se tornado viciado, ou adquirido alguma doença sexualmente transmissível, como a AIDS, por exemplo.

Como na parábola, no fundo do poço, sem dinheiro, sem dignidade, desencontrado de suas referências e perdido de sua própria alma, sentindo-se abandonado por Deus, desterrado da vida, ele, enfim, cairia em si, e exclamaria: “Voltarei para a casa do meu Pai!”.

Mas seria justamente aí onde seu problema tomaria proporções ainda maiores, pois, ao voltar, certamente o pai não o estaria esperando e, surpreendido com sua “triste figura”, o rejeitaria mais uma vez.
   
Não seria de admirar que afirmasse algo do tipo: “Eu não lhe avisei que não destruísse a sua vida? Que o que você estava fazendo era abominação ao Senhor?! Agora, viva com as consequências de seus atos!”. E assim ele seria despedido sem maiores constrangimentos. Pensa que falo sobre o imponderável? Não, amigo, isso aqui é a mais pura realidade!

Essa história que estou construindo, apesar de ser ficção, tem se materializado na existência de muitos, talvez bem mais do que você imagine!

Mas, certamente, alguém vai indagar: o que é que este sujeito está querendo defender? Ele agora virou apologeta do homossexualismo? Entrou para a causa do movimento LGBT?

Bem, tenho ojeriza a ideologias, a “ismos”, seja de que natureza for. Mas a questão aqui não é esta. O que estou discutindo no texto diz respeito à defesa da vida, da dignidade, do direito, do justo. Trato aqui da necessidade que tem um filho de ser acolhido, em qualquer que seja a circunstância, pelo seu pai, pela mãe, pela sua família!

É um luta inglória, mas estou tentando aguçar consciências de que não é jogando as pessoas no lixo que elas se tornarão melhores, pois pessoas não são coisas: coisa a gente usa e joga fora; pessoa a gente ama!

Na parábola descrita por Jesus, o filho mais novo lançou-se na vida, depois de pedir ao Pai o imponderável: a herança! E isso enquanto o mesmo ainda estava vivo!

Além do mais, sendo ele o mais novo, não tinha direito a absolutamente nada. Santo Agostinho, teólogo da Idade Média, quanto trata desse texto, afirma que o que o filho pediu ao Pai não foi dinheiro, mas a liberdade de viver a sua própria vida, de experimentar aquilo que lhe aprouvesse ao coração.

E assim o filho se foi... Seu bolso estava cheio de dinheiro, enquanto o coração do Pai cheio de tristeza e dor. Ele foi para a esbórnia, para a fanfarra, para a dessignificação do ser através de um viver disso-luto, o qual diluiu sua substância interior e transformou sua alma em pasta.

Na minha parábola, todavia, ninguém se preocuparia com nada disso, pois, ele sendo “homem”, faria tudo sem maiores problemas, uma vez que contaria com a anuência da consciência coletiva machista.

Quando a grana acabasse, e aquele filho decidisse voltar para casa, o Pai faria até festa para recebê -lo, pois o “garoto” havia crescido, virado um “garanhão”, aprendido a beber e a fumar!

Sim, posso até ver o pai dizendo aos amigos: “Olha lá! Aquele ali é o meu “menino”! Enquanto isso, o bebezão estaria se esbaldando no Johnnie Walker com Red Bull.

Veja que, no fundo, a questão é puramente cultural, pois o que estamos tratando é de pecados mais ou menos aceitos socialmente, que carregam ou não preconceitos. Um filho pródigo homem, todo pai aceitaria. Mas e se fosse gay? Bem, aí já é demais...

É bem provável que muita gente que vai ler este texto não o entenda... Outros tantos vão “descer o pau” e me chamar de liberal e outras coisas impublicáveis. Mas a verdade é que eu não estou escrevendo para nenhum deles.

Escrevo este texto, meu mano, para você – pai, mãe – que tem um filho ou uma filha homossexual. E eu lhe suplico, em Nome de Jesus, não a(o) jogue na sarjeta da vida! Não o(a) entregue aos “lobos” da existência!

O simples fato de você acolhê-lo(a) e amá-lo(a) pode fazer a grande diferença entra a vida e a morte! Nas palavras de Gandhi: “Tolerância é uma necessidade em todos os tempos e para todas as raças. Mas tolerância não significa aceitar o que se tolera”. Traduzindo, você não precisa concordar com tudo o que alguém faz, mas necessita amá-lo por tudo que ele é!

No texto de Lucas, sempre fiz a abstração de que, todos os dias, aquele Pai ficava no alpendre de sua casa, olhando fixamente para o horizonte, esperando com o coração sofrido o dia em que seu filho voltaria para casa.

O tempo passou... mas, num certo dia, ele apontou na estrada empoeirada. Vinha longe, mas percebia-se estar mal cheiroso, mal-amado e mal resolvido. Chegou todo “quebrado”, cortado pela navalha fria da vida, com lágrimas nos olhos e sangue nos pés. Contudo, que importava tudo isso, se ele havia voltado?

Uma coisa, todavia, para aquele jovem descrito por Jesus, fez toda a diferença: foi quando o Pai, com emoção incontida, afirmou: “Esse meu filho estava morto e reviveu; estava perdido e foi achado”, e, beijando-o e abraçando-o o recebeu de volta.

Como bem disse Geoffrey Chaucer, escritor e filósofo inglês: “A misericórdia vai além da justiça”.

por Carlos Moreira

domingo, 2 de agosto de 2015

Seguir a Jesus Sem Religião

Jesus combateu os líderes religiosos de sua época com muita firmeza; eles eram falsos, impunham suas regras moralistas e policiavam as pessoas; se sentiam superiores e rejeitavam os “pecadores”, se esqueciam da misericórdia, da fé e da justiça.

Eles tinham aparência de justos e Jesus os chamou de hipócritas, raça de víboras e filhos do Diabo. A religião cristã dos nossos dias, seja ela católica ou evangélica, está em pior situação que a religião dos dias de Jesus. O que impera é a hipocrisia, o moralismo, o controle da vida alheia, o orgulho teológico, o comércio e a corrupção.

O convite de Jesus a cada um continua sendo simples: SIGA-ME!

Seguir a Jesus é receber o amor dele e amá-lo! É ir com ele pelo Caminho; é por o pé na estrada e não olhar para trás; seguir a Jesus é continuar caminhando a cada dia, aprendendo com ele, ouvindo sua voz cheia de ternura e misericórdia!

Seguir a Jesus é ir no caminho do amor, da compaixão e da da graça, que é favor imerecido. Seguir a Jesus é ir abraçando os pecadores pela estrada, é ir sem pedras nas mãos, é ir perdoando e sendo perdoado, é ir chorando ou rindo sempre olhando para Ele!

Seguir a Jesus é ir sem o fardo dos pecados ou da religião; é apenas ir ao lado daqueles que também decidiram ir por onde Ele for e o vento do Espírito levar!

É ir com ele até a cruz, onde os pecados foram encravados; seguir a Jesus é abraçar esta Graça que perdoa e aceita; seguir a Jesus é celebrar a ressurreição, a vitória sobre a morte!

Se você quer seguir a Jesus, sem os pesos mortos da religião, se você quer seguir a Jesus por nada porque Ele é TUDO em sua vida, junte-se a nós! Somos todos pecadores, seguindo a Jesus por termos sido atraídos pelo amor dele!

Em Cristo, nosso querido Salvador!

Adailton César

sábado, 1 de agosto de 2015

DEUS NÃO DESISTE DE VOCÊ

Estamos vivendo uma época em que as pessoas estão desistindo de seus sonhos, do casamento, da faculdade, do trabalho e até mesmo da fé... E talvez esse seja o seu momento, no qual você está passando por tantas lutas e com isso pensa em largar mão de tudo.

Não pense que eu também não penso assim às vezes. São tantas pendências, tantos sonhos que ainda não se cumpriram, que o desânimo vem para tentar me parar. Porém, o que eu e você precisamos saber é que mesmo que cheguemos a desistir dos planos de Deus, Ele nunca desiste de nós! Mesmo quando nos afastamos da Sua presença, Deus nunca abre mão da nossa vida! 

Eu gosto muito de olhar para a vida de Pedro, pois me identifico demais com ele. Este homem errou muitas vezes, mas Jesus não desistiu de amá-lo. E por conta disso, Pedro se levantou como um exemplo de homem que ama a Deus e é fiel a Ele. Por isso, sempre quando fico desanimado, eu busco dizer palavras como essas: "Eu não vou desistir agora, porque eu sei que sou prova viva do amor de Deus. Eu não era ninguém, não tinha valor, estava preso no pecado, mas agora estou liberto por Jesus. E hoje, se estou com problemas, sei que eles irão passar, porque Deus é quem dirige a minha vida e nada é impossível para Ele!” Que você possa também dizer palavras assim.

Mas por que é tão fácil nos identificarmos com Pedro?

Porque Pedro era pecador e falho assim como nós, tinha um temperamento explosivo, tomava decisões precipitadas e se decepcionava consigo mesmo. Assim como ele, nós também ficamos insatisfeitos com tantas coisas. Pedro sempre foi o primeiro a se levantar, pois queria conhecer mais a Cristo, porém, logo que as lutas vinham, ele se frustrava por não saber lidar com as emoções. Ele dizia palavras com tanta firmeza e fé, mas logo já queria desistir. Você também é assim? 

Mas, ao analisarmos os Evangelhos, percebemos que apesar de tudo, Jesus não deixou de amar a Pedro, e isso certamente o deixava constrangido. Pedro devia pensar: "Por que Jesus não desiste de mim? O que Ele viu de bom em mim, se eu sou tão pecador? O que eu fiz para merecer tão grande amor?" Então, lemos no livro de Atos que Pedro foi cheio do Espírito Santo e se tornou um homem maduro e usado pelo Senhor!

Talvez você, que está lendo esta mensagem, já desistiu de orar, não lê mais a Bíblia e fugiu dos compromissos com a igreja. Mas saiba que Deus não desiste de você! O sonho Dele é que você volte a caminhar em Sua presença e se arrependa dos seus pecados dia após dia, até que o Espírito Santo te transforme de dentro para fora.

Se você se identifica com Pedro, por estar cansado de lutar, destruído por dentro, sem coragem e força para endireitar seus próprios caminhos, quero te encorajar a falar abertamente com Deus. O seu socorro vem Dele! Deus está de braços abertos para te receber. Ele não mudou! Ele continua o mesmo, e o mesmo poder que operou na vida de Pedro, pode operar também na sua vida também. Creia nisso!
by Antônio Júnior