JESUS E OS CONFLITOS RELIGIOSOS
Já há algum tempo venho fazendo uma leitura no evangelho de Lucas tomando por base identificar os conflitos que aconteceram entre Jesus e os religiosos da sua época e nessa leitura aprendi uma coisa interessantíssima, que foi:
As falas de Jesus geralmente foram respostas às indagações dos que se sentiam atingidos pela sua pregação ou ação em favor dos desfavorecidos. Daí ele citar as parábolas para responder as questões. E sempre quem não gostava eram os da religião.
Implica dizer que Ele era aquele que chegava a locais sem a intenção de gerar um conflito e sim anunciar o Reino de Deus. Certo que esse anúncio algumas vezes gerou conflitos, mas não com a intenção Dele, pois a escritura diz que ciladas eram armadas para pegá-lo em alguma falha e essas ciladas eram armadas pelos da religião.
Em Jesus não há um discurso em defesa da religião (esse é o que gera conflito), Nele não se encontra nem a defesa de Deus por que Deus não precisa de defesa, Nele só se encontra a fé que opera pelo amor e pra Ele essa fé poderia se manifestar em qualquer ambiente religioso! Como exemplo o centurião e outros aos quais Ele disse: A tua fé te salvou.
Esse comportamento de Jesus de não ser o “dono da verdade” e de permitir o diálogo inter-religioso (pois mesmo sendo judeu falou com pessoas consideradas “impuras” pelo judaísmo) e ainda reconhecendo e autenticando a fé de pessoas “fora” do seu ambiente religioso nos trás uma reflexão para os dias atuais, pois Ele nem defendeu o Judaísmo que foi a religião que Ele fez parte desde que nasceu e nem defendeu o cristianismo, pois o mesmo ainda não existia.
Para quem quiser ir após Ele, fica o exemplo de quem não é prosélito, missionário ou catequizador de pessoas e sim o que aceita a multiforme graça divina que está acima dos credos religiosos.
Pense nisso!
Airton Junior
