terça-feira, 27 de setembro de 2011

COMUNIDADE DE CRISTO 2
Às pessoas confundem o viver o Amor verdadeiro de Deus com uma religião, e que aceitar o sacrifício de Cristo na cruz do calvário, onde tudo, TUDO já foi consumado por Ele, restando a nós “apenas” o amar ao próximo como se fosse a nós mesmos, com igreja evangélica.
Algumas pessoas nos criticam por achar que estamos num caminho perigoso e perguntam se a nossa Missão se baseia no ecumenismo, se é um movimento cristão, se somos contra a igreja católica ou evangélica, ou outro grupo denominacional, e por mais que eu perca um tempão explicando tim-tim por tim-tim, a impressão que fica é que falo aos ventos.
É muito controverso o jeito que Deus usa as pessoas, pois ao contrário do que os religiosos pensam, Deus não é obrigado a fazer as coisas do jeito que eles querem, e nem pensar como eles querem, como já dizia o profeta Jeremias, mas fala por meio de quem está com o coração aberto a ouvir Ele falar e a fazer do jeito que Ele quer, com humildade, amor, misericórdia, perdão e isso não depende de religião.
Para os religiosos, Deus tem hora e local para agir, e só age após os rituais e se for com “x” palavras. Mas Deus é aquele que usa uma jumenta para falar com alguém, ou manda um rei se banhar num rio de águas turvas para se curar, ou seja, a gente tem de estar disposto a fazer do jeito Dele, em amor, humildade, e disposto a encarar desafios com vidas, e não com regras religiosas, comportamentalismo, metas congregacionais e o principal de tudo, sectarismo.
Domingo estava eu num campo de futebol, onde levei meu filho para brincar com a garotada e assisti os veteranos disputarem uma semi final de campeonato amador. Encontrei um amigo da época de colegial e conversamos muito e logo se juntou outras pessoas em nossa volta, comunhão total, lembranças passadas, perspectivas futuras (me desculpem os fariseus de plantão, não sou de beber, mas nesse dia tomei sim uma cerveja e comi um bom churrasco de Meca).
Já no fim do jogo, se encostou perto da gente um rapaz, (Airton, 38 anos) foi olhando, jogando uma conversa fora aqui, um palpite ali, e percebi que aos poucos, disfarçadamente, as pessoas foram saindo do grupo, até que ficaram só eu e ele.
Se engraçou com meu filho e aos poucos fomos trocando assuntos diversos, e aí vi que é um rapaz que mora num bairro violento da cidade. Já usou drogas (se é que ainda não usa), já deu tiro pra assustar a ex-mulher, já foi casado duas vezes, sofre por que o filho pequeno o rejeita (coisa de mãe que põe caca na cabeça da criança), o linguajar é de malandragem pura, cheia de gírias, falou de si e de sua mãe, até que chegamos ao ponto que eu queria, DEUS!
 Ele tem um irmão que pertence a uma igreja pentecostal, que vive irritando a mãe para ir a igreja mas a mãe não quer ir por achar todo mundo “xarope” (a começar pelo irmão), e que mais parece um hospício pelo barulho do que uma igreja.
Falei que eu sou um pastor-missionário (realmente já fui pastor de igreja evangélica, mas fui convidado “a sair” por pregar a graça de Deus e a ajuda aos necessitados enquanto a liderança me mandava pregar as regras religiosas da Lei e a arrecadar dinheiro, não gastar, e hoje vivo como um missionário de Cristo, pregando o amor do Pai a toda criatura), ele não acreditou, riu, perguntou se era sério, se esquivou um pouco, mas no fim foi puxando assunto e falei da graça de Deus, de como Jesus nos manda agir e o que ele deveria dizer para a mãe dele.
Ganhei um amigo. Não sei qual era a intenção dele de estar ali, e por que as pessoas se afastaram quando ele se achegou na gente, mas o cara estava feliz, semblante diferente, queria me ver mais vezes e conversar mais, me deu vários abraços e apertos de mão, se foi pra casa e eu sai de lá com a certeza de que Deus me usou para dar esperança aquela pobre vida.
Chegando em casa feliz agradeci muito a Deus pela oportunidade de semear naquela vida. Fiz a minha parte em semear e agora é a vez do Espírito Santo fazer a parte dele!
OPSSS! SERÁ QUE FOI DEUS MESMO? diriam os fariseus, afinal, num campo de futebol? Tomando cerveja e comendo churrasco de Meca? No meio de “ímpios”? não teve oração? O rapaz “aceitou” a Jesus? Blá-blá-blá religioso e tal? NÃÃÃÃOOOO! Então não foi de Deus, rsrsrs!
Amados, Esse rapaz (e tantas outras pessoas que encontro informalmente no meu dia a dia)jamais iria a uma igreja pra ouvir um sermão de que ele é um “Zé ninguém” só por que não é evangélico (ou católico, ou espírita, não importa), ou porque o diabo é companheiro de sua desgraça.
Na verdade ele precisava de um ombro amigo que lhe dissesse “Deus te ama e eu também, Jesus morreu por mim e por você para sermos salvos e o que Deus quer é que amemos a todas as pessoas, não importa quem seja, vá e procure não errar mais, deixe Deus entrar no seu coração e fazer parte da sua vida”.
Aos fariseus de plantão, só posso dizer que Deus não é religioso, Ele é amor, e importa que o adoremos em ESPÍRITO E EM VERDADE, POR MEIO DO AMOR AO PRÓXIMO, seja dentro de 4 paredes de uma “igreja”, seja num campo de futebol, o vento sopra onde quer e vai e vem conforme a vontade de DEUS, não dos religiosos!
Em paz e na Graça com o meu Deus, por meio de Cristo,
Márcio Fidélis, missionário de Cristo.