sexta-feira, 22 de março de 2013

Pastor abandona a igreja

Uma “folga” de três meses para descobrir o que significa ser “espiritual, e não religioso”.
Por Url Scaramanga

O pastor Mark Sandlin resolveu largar a igreja... Por três meses. Ele afirma que em toda sua vida, nunca faltou mais do que dois domingos seguidos, e que esse período sabático não é devido a uma necessidade de descanso. Ele deseja pesquisar e entender como as pessoas que não frequentam a igreja vivem. Ele escreve:

“Há uma semana, dei início a um período sabático de três meses. Decidi que durante esse tempo, não pisaria na igreja. Por que fiz isso? Porque uma grande quantidade de pessoas com quem desejo trabalhar em meu ministério, não são membros de nenhuma igreja. Eles não são pagãos, nem privados de espiritualidade – são como eu, só que têm o domingo de folga.

O que espero desses três meses é isso: entender do que essas pessoas “espirituais, mas não religiosas” não gostam na igreja. E quero entender o que eu -- uma pessoa que frequentou a igreja a vida inteira -- posso estar perdendo por não aderir a esse estilo de vida cristã”.
Eu sei o que você está pensando... “o que ele vai descobrir são algumas horas extras de sono, isso sim”. Sandlin, no entanto, planeja dividir através de seu blog, a experiência durante esse tempo fora da igreja, e certamente haverá muitas pessoas interessadas em seus relatos. Mas, antes de descartar isso como apenas uma busca por popularidade nas redes sociais, considere esta questão que ele coloca:

“Sou um pregador. Estou completamente envolvido no sistema, e nessa posição, fica difícil ter uma perspectiva. Teoricamente, entendo por que um número cada vez maior de gerações mais jovens está optando por se separar do “rebanho”, mas francamente, apenas ver e reconhecer a “hipocrisia” (um dos motivos que eles, com razão, alegam afastá-los da igreja), não é o bastante. Eu preciso fazer algo a respeito. Portanto é hora de adquirir perspectiva”.
   
É claro que para adquirir perspectiva, é preciso mais do que simplesmente deixar de ir à igreja. É necessário também, construir um relacionamento com esses jovens que ele deseja entender. Ainda assim, a verdade é que os pastores, envolvidos no sistema, podem sim, perder a perspectiva de alguns assuntos que envolvem os fiéis.
   
Quantos pastores são capazes de entender como se sente uma pessoa que trabalhou 60 horas durante a semana, e chegou ao culto de domingo e ouviu que deveria dedicar mais tempo ao trabalho voluntário na igreja? Ou quantos pastores estão familiarizados com a pressão de se trabalhar em um ambiente que não seja cristão? E ainda, quantos se lembram de como é ser discípulo de Cristo quando isso não faz parte de seu trabalho?
   
Talvez Sandlin tenha, de fato, percebido algo relevante. A perspectiva é fundamental, e é muito fácil não se dar conta de certas coisas quando se está preso em uma realidade paralela da igreja. Eu pergunto então: É válida a ideia do pastor? E mais: Além de um período sabático, o que mais os pastores poderiam fazer para adquirir uma perspectiva diferente em suas igrejas?

quarta-feira, 20 de março de 2013

Mundo: Igrejas “diferentes” se reúnem em academias, bares, armazéns…
por Marcio Roberto
Ron Williams é o pastor da Church at the Gym em Sanford, Flórida. Como o nome dessa igreja batista “diferente” sugere, a congregação se reúne em uma academia de ginástica.
Williams diz que o objetivo é eliminar as barreiras colocadas por pessoas que não se sentem confortáveis nos ambientes tradicionais da igreja.
“Eu acho que todas as armadilhas da religião tradicional podem tornar difícil a aproximação dessas pessoas”, explica ele. “Você pode convidar alguém, e ouvir como resposta ‘Eu não tenho roupa adequada para vestir na igreja’”.
Descontraído, Williams trocou o tradicional terno por calças jeans e camiseta. No clima quente da Florida, alguns membros usam shorts. Outros tipos de vestuário são comuns, de roupas da moda até vestimentas esportivas.
Ele acredita que foi uma experiência que deu certo, optando por estimular a freqüência de pessoas com menos de 40, disse ele. “Nós percebemos que eles não estavam sendo atingidos”, disse Williams. “Estávamos perdendo essa geração”.
Mesmo “fora do normal”, a igrejas mantém a tradição evangélica. Os batismos são feitos nas piscinas da casa dos membros. Esses eventos acabam se transformando em grandes churrascos. “É emocionante”, disse Williams. “Todo mundo aplaude como se estivéssemos em um jogo de basquete”.
Sandy Adcox, 38, não entrava em uma igreja havia 8 anos, até que aceitou um convite para conhecer a Church at the Gym, em março. Ela não perde um culto desde então. “Nunca na minha vida me senti tão confortável em uma igreja”, disse ela. “É um ambiente tão caloroso e acolhedor”.
Confortável parece ser um adjetivo comum para descrever igrejas que se reúnem em espaços “não-tradicionais”. Estão cada vez mais populares igrejas em locais como cinemas, rinques de patinação, shoppings e galpões usados para armazenamento, entre outros.
Aaron Coe, vice-presidente de mobilização de uma organização missionária diz que há vários fatores que contribuem para estas alternativas. Isso inclui o afastamento do ambiente tradicional mais formal e as vantagens econômicas de alugueis desses espaços que são usados apenas uma ou duas vezes por semana.
“Nós já vimos de tudo, desde galerias de arte até ginásios de escolas”, disse ele. “As escolas e os cinemas são provavelmente os mais comuns. Há definitivamente uma tendência, e eu acho que chegou para ficar”.
Eles podem não ser facilmente identificados por não terem torres de sino ou vitrais, mas essas igrejas dizem que estão encontrando o sucesso por atingir um segmento da sociedade que estaria longe de Deus. Nessas igrejas, os participantes muitas vezes são recebidos com café e biscoitos. E a música tocada lembra mais os sucesso do momento. The Bridge [a ponte] é uma igreja em Flint, Michigan, que foi começou se reunindo em um shopping center.
“Nós fazemos um monte de coisas que são realmente diferentes,” explica o pastor Steve Bentley. Talvez a opção mais radical foi a abertura de um estúdio de tatuagem que pertence à igreja. “Queremos ser relevantes para a vida das pessoas”, disse Bentley.
A igreja usa clipes de música para ilustrar suas mensagens aos domingos. “Nós rompemos com a tradição, mas não rompemos com as Escrituras”, disse Bentley. “Queremos apenas apresentar a mensagem de uma maneira diferente.”
A pesquisa do Gallup de 2010 mostrou que a frequência à igreja estava em sofrendo uma queda. Cerca de 43% dos norte-americanos diziam freqüentar os cultos semanal ou quinzenalmente. As pessoas mais velhas eram mais comprometidas, enquanto a faixa dos 18 aos 29 anos era a dos menos ativos.
Aaron explica que sua organização fez uma parceria com as igrejas batistas de todos os EUA e Canadá para abrir igrejas em espaços não-tradicionais.
“Como evangélicos, não acreditamos que a igreja é um prédio, a igreja são as pessoas. O local tem cada vez menos importância.”
Mas não só os batistas que pensam assim. O pastor Chuck Culpepper da Igreja Episcopal Anglicana de Jackson, Mississipi, abriu uma igreja em 2006 que optou por se reunir em um armazém.
“Tudo começou com uma idéia que nosso bispo teve”, disse Culpepper. Desejávamos alcançar os jovens adultos “sem igreja”. O galpão onde eles se reúnem semanalmente já foi um depósito e uma loja de móveis. A congregação renovou a estrutura, construída na década de 1920, mas o objetivo era manter a aparência industrial: parede de tijolo à vista e teto alto. “Não queríamos que ela tivesse cara de igreja”, explica Culpepper.
Nic Torrence, 26, veio para a igreja com um amigo há alguns anos atrás, sem saber o que esperar. “Não era nada parecido com as outras igrejas que eu conhecia”, disse o hoje membro. “O que fazemos é diferente. É informal e muito acolhedor.”
Cerca de 45 pessoas apareceram em um bar. Algumas carregam suas Bíblias. Há quem peça uma bebida, outros preferem apenas água. Alguns falam, a maioria apenas ouve. Todos seguem algumas regras básicas: evitar debates desnecessários e manter o foco no texto discutido esta semana.
“Nosso foco não é beber”, insiste Rodger McDaniel, um pastor presbiteriano que organizou a reunião semanal no bar Drunk Monkey [Macaco Bêbado] mais de um ano atrás. “Mas ao mesmo tempo, é um ambiente muito mais descontraído do o de uma igreja. Se eu fizesse isso na minha igreja aos domingos, não acho que teríamos mais de cinco ou seis pessoas.”
“É bom para levar a Palavra de Deus, e Deus está em toda parte. Bem, as pessoas estão em toda parte também,” diz Joe Beene, proprietário do bar que alguns dias por mês vira igreja.
“Eu vejo um monte de pessoas que vêm aqui (com) problemas, e eles estão tentando resolvê-los ou tentar apenas esquecer deles com o álcool, o que certamente funciona a curto prazo, mas não faz eles sumirem de sua vida”, diz Beene. “Eu sinto que eles precisam ouvir o que eu tenho ouvido nesta igreja.”

sábado, 9 de março de 2013

Jesus era peripatético



Para Max Gehringer, articulista da Revista Você S/A, o método de Jesus não apenas foi espetacular durante o seu ministério, como também serve de parâmetro para os treinamentos corporativos.

Numa das empresas em que trabalhei, eu fazia parte de um grupo de treinadores voluntários. Éramos coordenados pelo chefe de treinamento, o professor Lima, e tínhamos até um lema: "Para poder ensinar, antes é preciso aprender" (copiado, se bem me recordo, de uma literatura do Senai).
Um dia, nos reunimos para discutir a melhor forma de ministrar um curso para cerca de 200 funcionários. Estava claro que o método convencional - botar todo mundo numa sala - não iria funcionar, já que o professor insistia na necessidade da interação, impraticável com um público daquele tamanho.
Como sempre acontece nessas reuniões, a imaginação voou longe do objetivo, até que, lá pelas tantas, uma colega propôs usarmos um trecho do Sermão da Montanha como tema do evento. E o professor, que até ali estava meio quieto, respondeu de primeira.
Aliás, pensou alto:
- Jesus era peripatético...
Seguiu-se uma constrangida troca de olhares, mas, antes que o hiato pudesse ser quebrado por alguém com coragem para retrucar a afronta, dona Dirce, a secretária, interrompeu a reunião para dizer que o gerente de RH precisava falar urgentemente com o professor.
E lá se foi ele, deixando a sala à vontade para conspirar.
- Não sei vocês, mas eu achei esse comentário de extremo mau gosto - disse a Laura.
- Eu nem diria de mau gosto, Laura. Eu diria ofensivo mesmo - emendou o Jorge, para acrescentar que estava chocado, no que foi amparado por um silêncio geral.
- Talvez o professor não queira misturar religião com treinamento - ponderou o Sales, que era o mais ponderado de todos.
- Mas eu até vejo uma razão para isso...
- Que é isso, Sales? Que razão?
- Bom, para mim, é óbvio que ele é ateu.
- Não diga!
- Digo. Quer dizer, é um direito dele. Mas daí a desrespeitar a religiosidade alheia...
Cheios de fúria, malhamos o professor durante uns dez minutos e, quando já o estávamos sentenciando à fogueira eterna, ele retornou.
Mas nem percebeu a hostilidade.
Já entrou falando:
- Então, como ia dizendo, podíamos montar várias salas separadas e colocar umas 20 pessoas em cada uma. É verdade que cada treinador teria de repetir a mesma apresentação várias vezes, mas... Por que vocês estão me olhando desse jeito?
- Bom, falando em nome do grupo, professor, essa coisa aí de peripatético, veja bem...
- Certo! Foi daí que me veio a idéia. Jesus se locomovia para fazer pregações, como os filósofos também faziam, ao orientar seus discípulos. Mas Jesus foi o Mestre dos Mestres, portanto a sugestão de usar o Sermão da Montanha foi muito feliz. Teríamos uma bela mensagem moral e o deslocamento físico... Mas que cara é essa?... Peripatético quer dizer "o que ensina caminhando".
E nós ali, encolhidos de vergonha.
Bastaria um de nós ter tido a humildade de confessar que desconhecia a palavra que o resto concordaria e tudo se resolveria com uma simples ida ao dicionário. Isto é, para poder ensinar, antes era preciso aprender.
Finalmente, aprendemos. Duas coisas:
A primeira é: o fato de todos estarem de acordo não transforma o falso em verdadeiro.
A segunda é: que a sabedoria tende a provocar discórdia, mas a ignorância é quase sempre unânime.

sexta-feira, 8 de março de 2013

Seguir a Jesus Sem Religião
Jesus combateu os líderes religiosos de sua época com muita firmeza; eles eram falsos, impunham suas regras moralistas e policiavam as pessoas; se sentiam superiores e rejeitavam os “pecadores”, se esqueciam da misericórdia, da fé e da justiça.

Eles tinham aparência de justos e Jesus os chamou de hipócritas, raça de víboras e filhos do Diabo. A religião cristã dos nossos dias, seja ela católica ou evangélica, está em pior situação que a religião dos dias de Jesus. O que impera é a hipocrisia, o moralismo, o controle da vida alheia, o orgulho teológico, o comércio e a corrupção.

O convite de Jesus a cada um continua sendo simples: SIGA-ME!

Seguir a Jesus é receber o amor dele e amá-lo! É ir com ele pelo Caminho; é por o pé na estrada e não olhar para trás; seguir a Jesus é continuar caminhando a cada dia, aprendendo com ele, ouvindo sua voz cheia de ternura e misericórdia!

Seguir a Jesus é ir no caminho do amor, da compaixão e da da graça, que é favor imerecido. Seguir a Jesus é ir abraçando os pecadores pela estrada, é ir sem pedras nas mãos, é ir perdoando e sendo perdoado, é ir chorando ou rindo sempre olhando para Ele!

Seguir a Jesus é ir sem o fardo dos pecados ou da religião; é apenas ir ao lado daqueles que também decidiram ir por onde Ele for e o vento do Espírito levar!

É ir com ele até a cruz, onde os pecados foram encravados; seguir a Jesus é abraçar esta Graça que perdoa e aceita; seguir a Jesus é celebrar a ressurreição, a vitória sobre a morte!

Se você quer seguir a Jesus, sem os pesos mortos da religião, se você quer seguir a Jesus por nada porque Ele é TUDO em sua vida, junte-se a nós! Somos todos pecadores, seguindo a Jesus por termos sido atraídos pelo amor dele!

Em Cristo, nosso querido Salvador!

por Adailton César